Uma amizade conquistada virtualmente através do “CAMARADAS
DO NIVA” fez o lema prevalecer (Ter Um Amigo Em Todo Lugar), então os
amigos
aventureiros Rogério Hoenicke, o Juca, o piloto de Manaus (AM) e o “zequinha” Vagner Ferreira de São José dos Campos (SP), reuniram-se em uma grande parceria na EXPEDIÇÃO LÁBREA 2014.
aventureiros Rogério Hoenicke, o Juca, o piloto de Manaus (AM) e o “zequinha” Vagner Ferreira de São José dos Campos (SP), reuniram-se em uma grande parceria na EXPEDIÇÃO LÁBREA 2014.
Vagner e Juca... |
CAMALEÃO com Vagner e JUCA... |
A
temporada de chuva ao Norte do Brasil é tempo de diversão para muitos
aventureiros. Assim foi a EXPEDIÇÃO LÁBREA 2014 organizada
pela Confraria dos Otários
(Manaus/AM). Verdadeiramente uma aventura fora de estrada, vivida dentro da
estrada, na famosa Rodovia Transamazônica, na BR-230, em seu trecho mais remoto
ligando as cidades de Humaitá/AM e Lábrea/AM, onde é considerada uma das maiores
aventuras offroad do Brasil. Foram dois dias de ida para percorrer apenas 200
quilômetros de atoleiros, pontes, balsa e travessias de alagados entre as duas
cidades.
A logística da expedição consistiu entre reuniões,
regras de participação, passagens aéreas, traslados, armazenamentos de veículos
entre outros.
No dia 2 de abril foi considerado o “tiro da largada”
quando embarcaram quatorze viaturas que seguiram de balsa entre Manaus/AM e
Humaitá/AM, em seguida guardados em um galpão que aguardariam seus pilotos e zequinhas
que chegariam no dia 10 em Porto Velho/RO. Após a chegada em Porto Velho os aventureiros
embarcaram em ônibus rumo a Humaitá/AM, retiraram suas viaturas do galpão e terminaram
as preparações finais para à aventura.
O grupo era formado por vinte e sete aventureiros,
sendo um de São Paulo, que era o “zequinha” do Lada Niva “Camaleão” de
propriedade do Juca, vinte amazonenses, e seis aventureiros de Roraima, sendo
apenas uma mulher no grupo.
Chegaram em Humaitá uma surpresa, o galpão estava
trancado e sem ninguém para atender, depois de muitas ligações conseguiram
retirar os veículos para as preparações finais, tal evento gerou atraso na
saída da expedição que estava prevista para 13 horas, a pressão foi ainda maior
quando encontraram o segundo grupo de aventureiros que partiriam pela mesma estrada
no dia seguinte, tal acerto foi realizado dias antes da expedição para não atrapalhar
na travessia de balsa no Rio Mucui que é lenta e cara.
Rodaram os primeiros quarenta quilômetros da rodovia
Transamazônica em seu perímetro urbano, desviando de buracos e restos de
asfalto, pararam na bifurcação da BR-319 para algumas palavras de ordem e lembrete
de regras básicas, fizeram a tradicional oração com afinco e assim começou verdadeiramente
à aventura.
Mais quarenta quilômetros de expedição entre estrada de
terra batida e alguns pontos de alagados, assim começou a valer com direito a
uso de cintas, guinchos e muita habilidade ao pilotar, mas estavam atrasados na
programação e o primeiro acampamento com direito a churrasco fora comprometido.
Resgataram ainda à noite um casal atolado com uma
pick-up na intransponível BR-230, que gerou mais atraso quando os ponteiros do
relógio já chegava na casa das vinte e três horas, para a surpresa do grupo a
esposa do patrão se dispôs a fazer uma macarronada com costela cozida e um belo
e delicioso feijão com torresmo, comida forte para os fortes que ainda estavam
de pé, pois metade do grupo já repousavam em suas barracas, em meio a prosa boa
o fazendeiro disse: “...eu é que tenho que agradecer a vocês! Já estava atolado
à oito horas naquele lugar, se não fossem vocês eu estaria lá até agora!”
Depois de 20 km de estrada e após um estresse no acerto
da taxa cobrada pelos balseiros inicialmente R$150,00 cada carro e negociado por
R$65,00 e uma garrafa de pinga. A travessia é um ponto alto da expedição, pois
é feita manualmente com auxilio de pequenos barcos e seus minúsculos motores.
Chegaram então ao objetivo da expedição, Lábrea, mas sem
a sensação de dever cumprido, pois tinham mais 200 km de retorno pelos mesmos
desafios. Mesmo assim comemoravam a chegada das viaturas sem nenhuma avaria
séria, era realmente uma vitória.
O terceiro dia da expedição foi exclusivo para descanso
e revisão das máquinas, o que mais foi impressionante foi às trocas das pastilhas
de freio, quase 100% trocadas, impressionante a quantidade de pastilhas gastas
neste trecho de 200 km.
A saída de Lábrea é uma parte muito cruel da expedição,
pois são 30 km de asfalto muito ruim, como a chuva não deu trégua em todos os
dias já sabiam que o retorno seria muito mais interessante...
A importância da presença feminina em uma expedição de
marmanjos foi notória quando um dos membros da expedição aniversariava em plena
expedição, de repente durante a travessia da balsa, Dona Ivonete sacou do porta-malas
de seu Troller uma torta com direito a dedicatória e velinhas.
Aconteceu de tudo no primeiro quilômetro de retorno, o
pior foi o atolamento do “Mamute”, um Engesa com seus pneus 37’. Enquanto isso
o Lada Niva “Camaleão” dava um show na trilha, era constantemente aplaudido,
pois entre os expedicionários era a menor viatura e mais vulnerável para atolar,
Juca piloto experiente do Niva, passava com astucia e bravura por todos os obstáculos
naturais e difíceis, ele já saia do carro gritando: “Não sou filho de pai
assustado!”. rsrsrsrsrsrsrs...
No quinto dia, a brincadeira começou cedo, pois a chuva
não parou a noite toda. Saíram da vila já rodando de lado com as viaturas, era
barro para todo lado da estrada. As paradas para reforçar as amarrações da suspensão ficaram constantes, mas não impediu do Niva Camaleão chegar rodando
em Humaitá/AM.
Pela programação inicial da expedição, o sexto dia
seria para novas revisões das viaturas e do sétimo até o décimo dia, seria o
retorno pela BR-319, entretanto, as chuvas foram tão intensas na região, que
além de registrarem a maior cheia da história do Rio Madeira, seus afluentes
também estavam muito cheios, chegando a três metros de água sobre a estrada em
vários pontos da BR-319. Isso levou a abortarem a parte final da expedição.
Assim, tão simples é só desistir e ir embora para casa?
Não! Um grupo de expedicionários foram verificar com os próprios olhos as
condições da estrada, porém todas as notícias eram verdadeiras. Até tentaram
montar uma balsa para auxiliar nas travessias, e quase perderam uma viatura. Assim, agradeceram a Deus pela aventura até
ali e retornaram para Humaitá/AM. Embarcaram seus veículos em balsas da rede de
logística e voaram de volta para suas casas.
Por Vagner Ferreira, o
“Zequinha”...
VAGNER! |
JUCA! |
Fontes:
Confraria dos Otários:
www.facebook.com/Confraria.otarios
Roraima 4x4: www.roraima4x4.com.br
Amazonas Jeep Clube: www.amazonasjeepclube.com.br
Camaradas do Niva: www.facebook.com/camaradasdoniva
Camarada Rogério “JUCA”
Hoenicke
Camarada Vagner
Ferreira
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7 comentários:
Muito legal, sonho de niveiros jipeiros troleiros e todo universo 4x4
Sonho mesmo, muito show, nivinha foi bravo...
Belo relato. Tive o prazer de participar dessa expedição e outro, maior ainda, de conhecer o Vagner. Entre atoleiros, churrascos, chuvas (muita chuva), cervejas, camaleões, risadas, rodopiadas e algumas tentativas frustadas de abrir um ramal pelo meio da floresta amazônica - cadê o freio? - não houve momento em que o Vagner não estivesse perto, atento a tudo. Zequinha melhor, o Juca dificilmente encontrará. Parceiro, companheiro e "pau para toda obra", dificilmente a Confraria dos Otários terá novamente entre os seus. Um forte abraço,
Não conseguiria em palavras demonstrar minha satisfação, meu prazer e meu agracimento em ter realizado esta aventura com pessoas tão amigas! Em especial ao Juca pelo convite!! Obrigado a todos!!
Parabéns pelo relato ! Não fui a essa aventura, mas, por todo o texto acima postado, pude perceber que foi uma experiência maravilhosa para os irmãos off-roaders. Forte abraço.
muito bom mesmo! Parabéns aos colegas aventureiros em especial ao Wagner e Juca (com o Camaleão).
O meu sonho de criança é viver uma aventura dessa , parabéns Rogério isso é maravilhoso por acaso eu acabei descobrindo um grande aventureiro.
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