Melão era um menino
curioso e travesso como qualquer outra criança da idade que morava no Jardim
das Orquídeas, as margens da represa de São Bernardo do Campo em São Paulo. Seu pai era um grande piloto de provas na
terra,
corria com uma Rural muito bacana, mas certo dia em meados de 1998 apareceu com um Lada Niva. Ele ficou encantado com o novo carro do Daci Duarte, seu pai, que acabara de comprar. Parecia um brinquedo novo. Como toda criança que admira um carro, Melão sentava no banco, segurava no volante russo e simulava dirigir o Niva em provas de terra igualzinho ao seu pai, emitindo sons com a boca... Ruuummmmmm... Ruuummmmmm...
corria com uma Rural muito bacana, mas certo dia em meados de 1998 apareceu com um Lada Niva. Ele ficou encantado com o novo carro do Daci Duarte, seu pai, que acabara de comprar. Parecia um brinquedo novo. Como toda criança que admira um carro, Melão sentava no banco, segurava no volante russo e simulava dirigir o Niva em provas de terra igualzinho ao seu pai, emitindo sons com a boca... Ruuummmmmm... Ruuummmmmm...
Com o tempo em
participações em provas na terra usando o Niva, Daci começou a reclamar
bastante do carro que quebrava muito, pois ele o colocava no limite. Quando
certo dia, Melão chegou na garagem para acompanhar o pai que dava manutenção no
Niva, percebeu que ele estava bastante irritado, nervoso, inquieto, intolerante
e xingava muito naquele momento. Foi aí que retrucou aos xingamentos do pai que
era um grande exemplo pra ele: “Também, o senhor tinha logo que comprar
essa merda!?”
Melão não tinha ideia
o quanto o Darci Duarte estava apaixonado pelo seu Niva, e que aquilo já havia
se transformado em amor. Percebeu que existia um grande relacionamento entre
ambos, Darci e o Niva, quando de imediato passou a ver estrelinhas e galo
crescer...
TAPUMMM!!!...
Melão recebeu uma “catracada”
na cabeça, um cascudo profissional, por ter comentado o que não devia, uma
falta de respeito ao amor do seu pai pelo Niva. Seu pai ainda tentou
alcançá-lo, mas correu pra onde pode com o seu galo na cabeça e o choro retido
pelo medo...
Hoje sabe bem o que
seu pai sentia, na realidade, era paixão! Essa paixão passou de pai para filho.
Melão acompanhou o pai em provas de RAID e trilhas por muito tempo enquanto
crescia agregando experiências, foi Zequinha e Navegador, hoje é o seu irmão
Eduardo, mas tomou gosto pela influência do seu pai.
Melão, que na verdade
se chama James Duarte, hoje tem um Niva 1990 que ganhou de presente do sogro (falecido) e
por mais que o deixe louco com a manutenção diz com o coração de amor: “Eu não largo meu Maloy nem a pau!!!”
E seu filho vai seguindo tomando gosto pela tradição da família na terceira geração nivista... Sera?!
O engraçado disso
tudo é que Melão ainda sente a “catracada” até hoje e o galo nunca mais saiu da sua
cabeça...
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