28 de jul. de 2018

Catracada na Cabeça de Melão – Casos, Causos e Acasos do Niva (post 1195)



Melão era um menino curioso e travesso como qualquer outra criança da idade que morava no Jardim das Orquídeas, as margens da represa de São Bernardo do Campo em São Paulo.  Seu pai era um grande piloto de provas na terra,
corria com uma Rural muito bacana, mas certo dia em meados de 1998 apareceu com um Lada Niva. Ele ficou encantado com o novo carro do Daci Duarte, seu pai, que acabara de comprar. Parecia um brinquedo novo. Como toda criança que admira um carro, Melão sentava no banco, segurava no volante russo e simulava dirigir o Niva em provas de terra igualzinho ao seu pai, emitindo sons com a boca... Ruuummmmmm...   Ruuummmmmm...


Com o tempo em participações em provas na terra usando o Niva, Daci começou a reclamar bastante do carro que quebrava muito, pois ele o colocava no limite. Quando certo dia, Melão chegou na garagem para acompanhar o pai que dava manutenção no Niva, percebeu que ele estava bastante irritado, nervoso, inquieto, intolerante e xingava muito naquele momento. Foi aí que retrucou aos xingamentos do pai que era um grande exemplo pra ele: “Também, o senhor tinha logo que comprar essa merda!?”


Melão não tinha ideia o quanto o Darci Duarte estava apaixonado pelo seu Niva, e que aquilo já havia se transformado em amor. Percebeu que existia um grande relacionamento entre ambos, Darci e o Niva, quando de imediato passou a ver estrelinhas e galo crescer...
TAPUMMM!!!...
Melão recebeu uma “catracada” na cabeça, um cascudo profissional, por ter comentado o que não devia, uma falta de respeito ao amor do seu pai pelo Niva. Seu pai ainda tentou alcançá-lo, mas correu pra onde pode com o seu galo na cabeça e o choro retido pelo medo...


Hoje sabe bem o que seu pai sentia, na realidade, era paixão! Essa paixão passou de pai para filho. Melão acompanhou o pai em provas de RAID e trilhas por muito tempo enquanto crescia agregando experiências, foi Zequinha e Navegador, hoje é o seu irmão Eduardo, mas tomou gosto pela influência do seu pai. 



Melão, que na verdade se chama James Duarte, hoje tem um Niva 1990  que ganhou de presente do sogro (falecido) e por mais que o deixe louco com a manutenção diz com o coração de amor: “Eu não largo meu Maloy nem a pau!!!”
E seu filho vai seguindo tomando gosto pela tradição da família na terceira geração nivista... Sera?!



O engraçado disso tudo é que Melão ainda sente a “catracada” até hoje e o galo nunca mais saiu da sua cabeça... 


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