15 de jan. de 2014

"DIARIO DE BORDO - n°6 - Expedição Rumo ao Ushuaia 2013-2014" (post 952) por Caio Pompeo


EXPEDIÇÃO - RUMO AO USHUAIA 2013-2014 – por Caio Pompeo



18/12/2013 – chegou o grande dia!


Tudo pronto para a viagem de nossas vidas. Viaturas (Niva – Pantanal e X-Terra – Rino) revisadas, preparadas e carregadas. Cada um com seu objetivo
particular. O meu me desligar da rotina do escritório, do stress de São Paulo e poder conhecer novos lugares e fazer novos amigos e colegas.

O Pantanal estava com 81.669 km quando do inicio da aventura em 18/12/2013.

As 05h:30m da manhã demos inicio a expedição Rumo ao Ushuaia, saindo de São Paulo – Capital, pela rodovia BR 116. 
Rodados menos de 300 km, já constatamos a primeira quebra do Pantanal. Novamente a engrenagem da 5ª marcha quebrou e danificou a carcaça. Resultado, o óleo do cambio se esgotava rapidamente.



Prosseguimos assim até o próximo posto para abastecimento e, lá completei o óleo. Tinha duas opções ou voltava para a Capital de São Paulo para tentar arrumar a carcaça do cambio e a engrenagem, ou tentava tampar o vazamento e prosseguir caminho, pois as demais marchas estavam em ordem.  Decidi por prosseguir, fomos nesse ritmo de completar o óleo do cambio duas vezes por dia quando dos abastecimentos. A idéia era chegar em algum lugar com tempo para tentar reparar a caixa de cambio.
O segundo problema foi o motor de arranque que começou a falhar, dificultando as partidas quando desligava o motor. O calor também se fazia presente mais de 40º C. Estávamos todos sentido com o deslocamento, inclusive o Pantanal, que começou a trabalhar com uma temperatura em torno de 120º C.
Prosseguimos cortando os estados do Paraná, Santa Catarina, até chegarmos a Rosário do Sul no Rio Grande do Sul, onde o destino nos levou a conhecer o jipeiro e mecânico Fabio que nos auxiliou nesta primeira fase.
Estávamos em um posto de combustível em Rosário do Sul, abastecendo e tomando nosso café, quando surgiu um colega Niveiro dizendo que tinha uma porca da roda do Pantanal se soltando. Fui até o Pantanal e constatei que por algum motivo realmente uma das porcas estava com problema. Travei com trava rosca e conversando com o camarada, indicou o Fabio, ao lado do Posto onde estávamos.


Chegando lá não acreditei. O cara era jipeiro também!!!! 
Estávamos no KG do jipe clube de Rosário do Sul. Por sorte ele tinha um motor de arranque do Niva em seu deposito.


Expliquei a situação para ele e nos auxiliou com os reparos necessários no motor de arranque. Ao mesmo tempo, tentei fazer o reparo na caixa de transferência com massa plástica. Isso mesmo massa plástica. Já havíamos utilizado esse recurso em outra viagem quando tivemos esse mesmo problema e funcionou.






Perdemos o dia inteiro para tentar reparar o Pantanal e, seguimos viagem no final da tarde rumo a Santana do Livramento (divisa do Brasil com Uruguai).


Chegando lá, após fazer os tramites na aduaneira para passar pela fronteira, tivemos outro problema que nos fez parar.



Um forte barulho parecendo vir da caixa de câmbio ou embreagem ou motor...  Verificamos tudo, e aparentemente estava tudo em ordem, com exceção da temperatura de trabalho do motor que quando em baixa velocidade começava a querer esquentar. Pedimos auxilio a alguns moradores locais que nos chamaram o mecânico Hugo. Testamos o carro e nada do barulho. Uma nova inspeção na caixa de transferência, pois não tínhamos aberto ela para fazer a limpeza. Aberta a tampa, as engrenagens estavam boas e no fundo do óleo, uns restícios de metal da quinta marcha. O restante estava e ainda está na parte de trás da caixa, onde para ter acesso teria que baixar o cambio inteiro e abri-lo, o que só se justificaria se conseguisse a carcaça da caixa e as engrenagens da 5ª marcha para arrumar a viatura.  Pedi ao Hugo que aproveitasse e trocasse a válvula termostática pois tinha uma nova e ajustasse um pouco o ponto do carro pois estava grilando. Após a troca a temperatura continuou elevada.
No dia seguinte me indicaram uma loja onde vendia peças para lada para comprar um jogo de junta do motor 1.7. Ocorre que eles não tinham a pronta entrega e deveriam encomendar para entregar no dia seguinte, o detalhe é era sábado dia 21.


Fui atrás de outro mecânico para fazer o serviço de troca da junta de cabeçote, pois estava desconfiado que havia sido danificada. Estava cogitando até mesmo na possibilidade da retifica do motor. Contudo, ninguém mais queria pegar serviço em razão do final de ano. O mecânico sugeriu limpar o radiador, pois pelo que estava descrevendo o motor estava perfeito, andava bem, não estava misturando óleo com água, não estava voltando água pelo radiador ou pelo reservatório, ou seja, nenhum sintoma de que tivesse queimado a junta. Assim fizemos. Enquanto minha esposa Márcia, o Mabu e a Guga foram passear um pouco na X Terra (RINO), eu e o Inácio fomos atrás de um profissional da região para fazer o serviço de limpeza do carburador.  
O Sr. que nos atendeu e seu filho do lado Uruguaio-Rivera, não trabalhavam aos sábados, mas nos atenderam e fizeram o serviço com todo o carinho para nos ajudar naquele momento. Ficamos esperançosos, quando da finalização do serviço, pois ele encontrou algumas colmeias obstruídas por uma espécie de gosma, para mim óleo misturado com água.  
Contudo, quando saímos de lá, o carro continuou esquentando. 
Liguei novamente para o Fabio para pedir auxilio. Contei o que ocorria e ele pediu para que retornássemos 106 km até Rosário do Sul. Ok, fechou, apenas tinha que aguardar a chegada da junta do cabeçote de Montevidéu e o Remar iria entregar no Domingo que pudéssemos prosseguir viagem.
Domingo (22), depois de pegar as peças, começamos a rumar para Rosário do Sul. O Pantanal esquentou duas vezes, troquei a válvula novamente, o motor passou a trabalhar com temperatura mais amena. Conclusão, válvula termostática novinha com problemas.

Deixamos o Pantanal na oficina do Fabio e no dia seguinte 23, trocamos a junta de cabeçote.
Quando tiramos a junta o Fabio me chamou de "enjoado", e deu o braço a torcer quando constatou que realmente a junta estava com duas pequenas avarias de queimada. 
Após testes e ajuste do ponto do motor prosseguimos viajem.
 
Uruguai (entre Rivera e Paysandu)




Forçamos o deslocamento cruzando a divisa de Santana do livramento, Rivera, e Paysandu, ou seja atravessamos em uma tarde/noite o Uruguai, indo pernoitar já em terras argentinas.


Estávamos muito felizes, pois não tivemos problemas na imigração Argentina e nem com as barreiras policiais uruguaias durante o deslocamento.
Em Colón as 4:00 hs da manhã (horário brasileiro de verão, 3:00 hs horário argentino).
Na manhã do dia 24 (véspera de natal), constatei uma surpresa desagradável. Quando do ajuste da corrente do motor, acredito que esquecemos de apertar o esticador e a tampa do esticador se perdeu. Conclusão, a corrente afrouxou e o óleo do motor começou a fugir por ali.  Como tinha essa peça sobressalente na “auto peças pantanal” coloquei a tampinha no lugar e tentei regular a tensão da corrente, mas sem muito êxito, pois acreditava que estava danificado o esticador.


Outro problema diagnosticado, a roda dianteira do lado direito estava com um pouco de jogo. Feito ajustes do rolamento da roda e prosseguimos até Gualeguaychú. A ideia é prosseguir até Buenos Aires para lá fazer o serviço que tenha que ser feito.
No meio do caminho fomos surpreendidos negativamente duas vezes. A primeira no posto de combustível na Argentina, o mais caro que paguei até aquele o momento da expedição $ 10,99 pesos, ou seja, R$ 4,09 aproximadamente. A segunda e mais desagradável foi a barreira policial. O Pantanal levou duas multas, uma pelos faróis principais não estarem acessos (estavam acesas as lanternas e os auxiliares) e outra, já esperada, pelo quebra mato na parte frontal. O Rino (X-terra) também levou uma pelos faróis, que como eu estavam apenas no auxiliar.


O ESTRANHO É QUE SÓ PARAVAM VEÍCULOS COM PLACAS DE OUTROS PAÍSES. ATÉ O CAMINHÃO QUE FOI PARADO ERA DO BRASIL.

A minha multa foi pesada, aproximadamente R$ 650,00 e que tiveram que ser pagos na hora em espécie! Contudo, o que me animou foi que a multa do quebra mato serviria como uma espécie de licença para prosseguir a expedição sem mais problemas.

 
Passamos nosso Natal em um chalé, a beira do rio da cidade de Gualeguaychú. Um lugar muito tranquilo e gostoso para se passar alguns dias. Aproveitamos o dia para passear de canoa pelo rio que corta a região.


Saímos da cidade e rodamos mais ou menos uns 40 km pela estrada, quando tivemos o pneu dianteiro esquerdo estourado na lateral. Não sabemos dizer o que ocorreu. Não foi prego, pedra ou nada similar.  A única coisa que poderíamos associar era o calor excessivo, ou um possível projetil de um tanque de guerra argentino que estava em manobras nas proximidades! será????



Prosseguimos para Buenos Aires.




Chegamos a casa do Martin, amigo do Inácio e Mabu em Buenos Aires. No dia seguinte enquanto parte do grupo foi passear em Buenos Aires eu e o Inácio visitar a CentroLada para providenciar alguns reparos no Pantanal. Conhecemos o Sr. Mauro e seu irmão o Daniel que nos recepcionaram e atenderam muito bem. Ao lado da loja, conhecemos o Sr. Luis, mecânico, nos auxiliou com a regulagem da corrente do motor e rolamentos da roda, e para nossa surpresa, apesar de ter parado todo o seu serviço para nos atender e ter ficado conosco por mais de 03:00 hs, não quis nos cobrar pelo serviço, apesar de nossa insistência. Fiquei muito agradecido aos novos amigos que fizemos naquela cidade.







Sr. Luis (mecânico)


O Pantanal ainda nos reservava mais algumas surpresas. No caminho de volta até nosso anfitrião que já nos aguardava com um tradicional churrasco a moda Argentina, percebemos alguns barulhos que recomeçaram na roda dianteira direita. Decidi desligar minha luz de alerta do Pantanal e fomos nos descontrair um pouco. No dia seguinte fomos conhecer Buenos Aires, cidade grande, com muitas belezas e problemas também.  O maior deles era a falta de agua e energia elétrica que estava gerando caos em algumas regiões, não só na capital, mais em outras provinciais.


Buenos Aires a noite

último modelo de cupê

Buenos Aires



 
casas coloridas



Posto de informações burocráticas nas ruas de Buenos Aires. 
Eu só queria saber onde era a sorveteria! rsrsrsrrssr...



No dia seguinte (segunda feira) retornamos ao CentroLada, desta vez não tivemos a mesma sorte de encontrar o mecânico Luís, pois já era dia 28 de dezembro e ele já estava fora de Buenos Aires com a família, mas o Mauro conseguiu contatar seu irmão Daniel que pediu auxilio para um colega Niveiro, desmontamos a roda dianteira direita e constatamos o que eu já desconfiava: rolamentos, cubo de roda e manga do eixo seriamente comprometidos. Trocamos as peças necessárias. Mais uma vez, fui surpreendido pelo carinho desses Argentinos, que somente cobraram as peças e não quiseram cobrar a mão de obra. Foi uma sensação muito boa saber que existem pessoas que querem nos ajudar nessas horas de dificuldade.  

 
Daniel e sua esposa que nos recepcionaram em sua casa para nos auxiliar nos reparos do niva.


Foi uma decisão muito difícil para mim, mas considerando o atraso no cronograma e os diversos problemas que estavam ocorrendo com o Pantanal, decidi que não iria prosseguir com a viatura.  
Apesar de ter dado a opção de pegarmos um avião para chegar ao Ushuaia, à maioria decidiu por voltar. 
Carro estabilizado, decidimos pernoitar em um hotel ali por perto, para no dia seguinte rumar para Entre Rios, sentido Cataratas do Iguaçu.

Dia 29 de dezembro, tudo pronto, paramos em um posto para abastecimento. Apesar da minha insistência com o frentista velhinho que meu carro era a gasolina (nafta) o mesmo ainda abasteceu o Pantanal com DIESEL!!!!!!!

Pasmem!! O Pantanal ainda funcionou por alguns segundos.

Não chegamos nem a sair do Posto. Detectado a falha do funcionário, esgotamos o tanque, sorte que só abasteci um dos tanques, abri e limpei o carburador, bomba de combustível e filtro. Colocamos combustível certo desta vez e o Pantanal respondeu!!! O encouraçado sobreviveu a mais essa prova de fogo.

Pegamos a estrada rumo ao norte do País e o Pantanal se portou muito bem. Temperatura do motor estabilizada em 95º C, rodas, pneus, motor, alternador, etc, tudo normal.


Prosseguimos viagem pela Rota 14, temida pelos brasileiros e demais estrangeiros, por ser conhecida como a rota da corrupção da policia rodoviária argentina. Contudo, nessa fase do deslocamento, não tivemos problemas. Já estávamos vacinados.




Foi até engraçado quando estávamos próximos à entrada de Gualeguaychú, onde deveríamos realmente entrar, avistamos os policiais rodoviários que estavam de baixo da ponte se protegendo do Sol, se dirigindo para o meio da pista. Antes que pudessem fazer qualquer sinal ou indicação, entramos para a cidade de Gualeguaychú, ficando a duvida: será que eles tinham a intenção de nos parar novamente!? rsrsrsrs...

Em Gualeguaychú optamos por acampar no camping, ao lado daquele maravilhoso rio de aguas quentes. O Inácio, o Rubens e a Renata ficaram em um chalezinho no próprio camping.


De manhã cedo (31) veio à recompensa! Um sol maravilhoso que refletia nas aguas do rio que mais parecia um espelho. Não dava para dizer o que era céu e rio.


Nosso objetivo agora era prosseguir pela Rota das Missiones, uma rodovia pouco utilizada para deslocamentos, mas muito atraente para viajantes que desejam conhecer a região. 









Mais novidades do Pantanal, quando chegamos em Santo Tomé, a correia do alternador se soltou. Colocamos no lugar, mas eu não percebi que o parafuso de fixação superior do alternador também estava frouxo e mais alguns quilômetros à frente a correia soltou e dessa vez quebrou.  Por precaução, no Auto Peças Pantanal, sempre tenho uma correia reserva, foi trabalhoso trocar a correia na chuva, mas no final deu tudo certo e voltamos para a cidade de Santo Tomé na região de Corrientes para passar nosso réveillon.


Queimei a língua, pois quando estive em Puerto Yguazu em 2010, não tinha queima de fogos! Comecei a achar que eles não comemoravam a chegada do Ano Novo na Argentina. Acho que eles decidiram me desmentir! rsrsrs...


No dia seguinte (01), rumamos até a cidade de Posada, onde constatamos que apesar das informações de ser uma cidade turística, fronteiriça com o Paraguai, não encontramos nada aberto. 




Chegando a Santo Ignacio, uma cidade pequena, ficamos em um hotel próximo as ruinas da missão. Após o Jantar, por indicação do dono do restaurante, fomos assistir ao show noturno dentro das ruinas, com imagens holográficas retratando um pouco da rica historia do lugar.

Na manhã seguinte (02) fui atrás de um eletricista para verificar novamente o alternador, pois o indicador mostrava que o mesmo não estava carregando as baterias.


O detalhe é que havia chovido a noite e a maioria das ruas da cidade são de terra, barro, ou seja, com as chuvas LAMAAAA!!!
O PANTANAL e o RINO se sentiram em casa! rsrsrsrs






Quando achamos o mecânico eletricista, pasmem, ele não achou nada de irregular. O alternador estava carregando pouco, apenas ajustou a correia, o alternador voltou a carregar normalmente as baterias.





Imaginar que os Jesuítas em seu trabalho de catequese a mais de 400 anos, construíram uma ‘cidade’ naquele local que abrigava mais de 4.000 pessoas, é fantástico.


entrada das ruínas de Santo Ignacio







Terminado o passeio as ruínas, deixamos nossa marca da visita, adesivos da Família do Niva e do Ladafans, (faltou o do Grauçá que não chegou a tempo) no restaurante em frente à entrada das ruinas de Santo Ignacio e seguimos até nosso próximo objetivo Puerto Iguazu, cidade fronteiriça com o Brasil e das cataratas.
Nos hospedamos na pousada Cabanas do lado Argentino, que já conhecíamos e tem um preço bastante atraente. Lá permanecemos por 03 dias e gastamos o equivalente a menos de R$ 400,00 (quatrocentos reais) para os cinco.



Aproveitamos para conhecer e rever as cataratas do lado Argentino e fazer algumas comprinhas na cidade Del este no Paraguai.
 
Cataratas do Iguazu-Argentina (Garganta do Diabo)







A Noite ainda fomos no centro da cidade de Puerto Iguazu na rua onde servem petiscos (salame, queijo, azeitonas, palmito, etc) regado com azeite e um bom vinho.


Dia 06 de janeiro, atravessamos definitivamente a fronteira para o lado brasileiro, rumo a São Paulo. Ainda pernoitamos uma noite cerca de 140 km antes de Curitiba, antes de chegarmos finalmente no dia 07 de janeiro a São Paulo.






Faltando pouco mais de 130 km para chegar a São Paulo, o cambio do Pantanal começou a dar problemas na quarta macha. Mesmo completando o óleo do cambio, esse não deu resultado. A marcha não mais engatava!  Prosseguimos devagar em terceira marcha, pois o trecho era de serra, do cafezal, deu para seguir bem.


Foram 5.426 km rodados


Apesar das dificuldades, o encouraçado Pantanal chegou rodando em casa, escoltado pela viatura Rino (X-Terra), que não nos abandonou em nenhum momento.


Foram 5.426 km rodados

Infelizmente não alcançamos nosso objetivo que era chegar rodando com as viaturas até o Ushuaia, mas conseguimos conhecer novos lugares e amigos. Vimos o valor da verdadeira amizade, solidariedade e companheirismo.  Não são todos que aguentam uma experiência dessas, mas, uma expedição não é uma simples viagem de Férias. É uma experiência de vida. Apesar de tudo, meu objetivo foi alcançado. Com tantos problemas com o Pantanal, nem me lembrei do escritório! O que buscamos fazer foi conhecer o mundo real que existe além dos livros ou da tela do computador ou televisão.


Por isso, peço desculpas aos amigos que ficaram preocupados ou ansiosos por noticias, mas acho que pelas fotos vocês podem entender um pouco o que aconteceu...

Como diz uma frase de um amigo meu: “UM DIA É PRECISO PARAR DE SONHAR E DE ALGUMA FORMA PARTIR!”

Foi o que fizemos!

Apesar de toda a revisão feita no Pantanal, sabíamos dos riscos que poderiam haver quebras mecânicas.

Contudo, também pudemos contar com a ajuda dos amigos Argentinos e brasileiros que muito nos auxiliaram.

Foi uma experiência fantástica.

Desgastante, frustrante em alguns aspectos, mas por outro uma lição de vida para nos ensinar que se queremos mesmo alcançar um objetivo, devemos lutar por ele, pois agora sabemos que apesar do paraíso ser belo, sua conquista não é fácil e, depende além de muito preparo, também de muita persistência, vontade, dedicação, amizade e solidariedade.

Não considero que essa Aventura tenha sido um "fiasco", como acham certas pessoas! Ao contrário, serviu como aprendizado para que possa ser completada.

Seu quisesse chegar a Ushuaia, seria muito mais pratico pegar um avião. Com toda a certeza, os gastos seriam bem menores. Contudo, o que queria eram conhecer a rota, o caminho, as pessoas, as paisagens.

Esse não é o fim!

A expedição apenas começou, eu posso garantir, o encouraçado PANTANAL vai voltar lá!







Aguardem!!!


por Caio Pompeo (Niva Pantanal – Familia do Niva do Brasil)

6 comentários:

minhas fotos disse...

Parabéns Caio! Parabéns a toda turma! Fiasco, é ficar sentado na poltrona. Você foi a luta e nos inspirou com seu sonho e sua prática. Obrigado!

Unknown disse...

obrigado!!!! :)

Camarada Geniva disse...

Parabéns camarada Caio,fiquei feliz que retornaram com muita aventura que ficará para sempre na lembrança...E também por meu sistema mecânico de embreagem ter te acompanhado sem causar nenhum problema!

Antônio Carlos del Rio disse...

Parabéns pela expedição. É pondo o pé na estrada que descobrimos o verdadeiro sentido da vida.
Abraços.

kleber Andrade disse...

o antónio tem plena razão , temos que sair do lugar a aproveitar bem a vida pq ela é uma só e passa bem rápido , parabens pela sua aventura , gostei muito das fotos e da leitura tbm , eu comprei um viva a pouco tempo e ja estou me preparando para uma boa viagem longa tbm , espero que o meu não de trabalho para mim srsrsrs abção amigo ...

obrigado pelo incentivo ...

Blog Jipe Niva disse...

Caio, poucas pessoas teriam a sua paciência. Um relato sereno frente a tantas adversidades. Fiasco para alguns, pra mim, inspirador... Parabéns