1 de set. de 2016

Longa Vida ao meu Vô-Rei de 94 anos (post 1133)






"Ôôô Betôooo, Ôôô Betôooo, hoje vamos inaugurar esse bagageiro!!!..." Cantava meu avô a nossa ação da tarde...





Meu avô Arlindo, o avô que escolhi para me adotar como neto, na sua juventude de 94 anos da um show de vitalidade trabalhando na roça de cacau e gado as margens do rio Pardo, coisa que desafio qualquer um de nós... 

 

Um exemplo de pai, vô, bisavô, amigo e fazendeiro, pessoa séria e divertida, espirituosa, experiente, mestre da simpatia agrícola e doutor em Vick Vaporub,  sempre se lembrando de mim ao guardar porções de “moquecas de siri do mangue” e um docinho de banana caseiro. Sim, o avô que nunca tive e aprendi ama-lo pela sua simplicidade em viver.  




Hoje vi em seus olhos e atitudes que estava no seu habitat natural, era uma verdadeira criança brincando no seu trabalho de muitas décadas, eu via prazer em tudo que fazia e tudo aquilo era o seu dia-a-dia até não mais poder dirigir sua Toyota Bandeirante 4x4 com roda-livre. Em acordo nos revezamos por uma vez por semana leva-lo a suas fazendas para trabalhar e nós fazemos isso por prazer e amor.






 
 



Falando um pouco do Cacau, o primeiro pé da semente plantado em toda a região foi na fazenda vizinha Cubículo, aqui em Canavieiras, no século XVIII, e ainda hoje as inúmeras fazendas dominam a paisagem ao longo dos rios.

 








A árvore de cacau só cresce no calor da floresta tropical equatorial. A sombra da floresta da “Mata atlântica” com plantas altas que protegem a árvore jovem contra o sol ardente ou vento forte. Depois de cinco anos, é forte o suficiente para sobreviver. 

 




Do interior do cacau é extraído suas sementes, a matéria prima necessária para a produção. Essas sementes são assadas, fermentadas e moídas, em um processo que o controle de tempo e temperatura são fundamentais. O cacau é colhido assim que fica com cor entre o amarelo e o laranja, e em seguida são armazenados para amadurecer por alguns dias. Após isso o fruto é aberto, e é retirado o seu interior que possui cor branca e textura pastosa.



Os grãos (amêndoas) do chocolate assim que retirados, passam por um processo de fermentação com temperatura controlada por alguns dias, momento em que seus sabores e aromas se desenvolvem e potencializam. Após essa etapa, os grãos de cacau são levados ao sol para secar quase que por completo. Em seguida e ensacado (saca de 60 kg) para ser comercializado. 






E o meu vô?!

Ora semana que vem temos mais alegria...

Longa Vida ao meu Vô-Rei!!!...








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