Também no centro-oeste do país acontecem várias histórias hilárias sobre nossos camaradas niveiros e os seus Nivas. Desta vez se passou na cidade de Neópolis do Norte. Nosso amigo Professor Abreu, um apaixonado pelo seu ex-atual Niva, tem muitos carros na garagem e precisava desfazer de pelo menos de dois pra sobrar espaço para um novo carro. Foi difícil decidir qual o carro seria, mas devido a pressão que sofria da sua Dona Patroa por conta das compras semanais de peças Lada foi obrigado a escolher a contra gosto.
Não foi difícil a venda, até causou estranhamento pela
rapidez entre o anúncio e a venda, o professor anunciou e o primeiro interessado
que viu, negociou e levou. O Caipira do Mato de Cima, cidade um pouco afastada
de Neópolis do Norte, cerca de uns 90 km, chegou bem cedo pra olhar a viatura,
foi tudo muito rápido, olhou a carroceria, deu partida no motor, e com uma
conversa bonita encantou o professor dizendo: “...depois lhe pago” (foi quase
isso). Negócio fechado, abriram o cartório para formalizar o contrato de compra
e venda, isso tudo dentro da legalidade e com reconhecimento de firma e tudo
mais. Porém, ao sair do cartório o Caipira do Mato de Cima sinalizou ao
Professor Abreu: “Só posso lhe passar todo o dinheiro da compra após baixar uma
aplicação do banco...”
“Rapaz, eu gostei de você, me passa segurança quando
fala, vou esperar até segunda-feira...” disse o Professor Abreu satisfeito com
a venda do Niva.
O Caipira do Mato de Cima não pensou duas vezes, entrou no
Niva, deu partida e foi embora.
Chegando em casa encontrou no portão a Dona Patroa que foi
logo lhe perguntando: “Cadê o Niva, vendeu?”
“Vendi! Vendi para o Caipira do Mato de Cima, o cara
gente boa!” Disse o Professor empolgado.
“E cadê o dinheiro???” perguntou a Dona Patroa.
“Hã?! Ah, ele disse que me paga na segunda-feira...”
disse o Professor.
Dona Patroa com ironia disse: “Rapazzzzz... Acabou de
chegar mais uma peça pro Niva, vai fazer o que agora? Esperar a segunda-feira
chegar?” bateu o portão e seguiu arrastando a sandália de pirraça e reforçou: “Eu
quero saber é do dinheiro do Niva!”
O Professor ficou intrigado com o sexto sentido da Dona
Patroa que passou o final de semana todo perguntando: “Cadê o dinheiro do
Niva?!... Cadê o dinheiro do
Niva?!... Cadê o dinheiro do Niva?!...”
Chega a segunda-feira, o professor procurou o Caipira
Mato de Cima que lhe disse que seria na próxima segunda-feira...
E a mulher no juízo do professor: “Cadê o dinheiro do
Niva?!... Cadê o dinheiro do Niva?!... Cadê o dinheiro do Niva?!...”
Na segunda-feira seguinte a mesma conversa bonita que
seria na próxima segunda-feira... E a mulher do Professor na pressão: “Cadê o
dinheiro do Niva?!...”
Passaram quatro semanas sem sucesso, o Professor resolveu
ir até Mato de Cima tentar localizar o Niva, sem sucesso na primeira vez. Na
segunda vez conseguiu localizar numa rua deserta, não pensou duas vezes,
contratou um guincho e resgatou a sua viatura na marra.
Acredite, o Professor Abreu teve que roubar o seu próprio
Niva...
Ao chegar em casa na cidade de Neópolis do Norte o celular
toca:
“Alô Professor, alô Professor, roubaram o Niva!”
“Roubaram o Niva na frente da minha casa, você vai ter
que prestar queixa de roubo! Urgente!”
“Informaram que um guincho carregou o Niva! Roubaram o
Niva!” gritava desesperado o Caipira do Mato de Cima.
“Não, não camarada, fui eu que resgatei o Niva, como você
não me pagou, eu fui buscar o meu Niva!”
“Acho que roubei meu próprio Niva! Ha Ha Ha...” Desabafou
o Professor aliviado.
De volta a sua casa após manobrar o Niva na garagem,
surge Dona Patroa arrastando o chinelo e pergunta satirizando o Professor:
“E aí Abreu ainda vai vender o Niva?! Segunda-feira te
pago Ha Ha Ha...”
Atenção: Qualquer semelhança entre os personagens e fatos
com certeza é mera coincidência, isso é pura ficção.
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